CONTEÚDO - 2009
PROPOSTA DE REDAÇÃO
(ENEM - com adaptações):
Texto 1:
Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem móveis e roupas, livros não poderiam faltar. E estava absolutamente certa. Entrei na universidade e tornei-me
escritor. Posso garantir: todo escritor é,antes de tudo, um leitor.
(Moacyr Scliar. O poder das letras. In: TAM magazine (com adaptações)
Texto 2:
Uma vez que nos tornamos leitores da palavra, invariavelmente estaremos lendo o mundo sob a influência dela, tenhamos consciência disso ou não. A partir de então, mundo e palavra permearão constantemente nossa leitura e inevitáveis serão as correlações, de modo intertextual, simbólico, entre realidade e ficção.
Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, números faz
com que passemos a olhar, a questionar, a buscar decifrar o desconhecido. Antes
mesmo de ler a palavra, já lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem,
um som, um olhar, um gesto.
São muitas as razões para a leitura. Cada leitor tem a sua maneira de perceber
e de atribuir significado ao que lê.
(Inajá Martins de Almeida. O ato de ler/Internet: (com adaptações)
Texto 3:
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se "ler livros"
geralmente se aprende nos bancos da escola, outras leituras se aprendem por aí, na chamada escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca - como sabe quem lê Vidas Secas, de Graciliano Ramos - independe da aprendizagem formal e se faz na interação cotidiana com o mundo das coisas e dos outros.
Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha- se o círculo:
lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela.
Do mundo da leitura a leitura do mundo, o trajeto se cumpre sempre, refazendo-se,
inclusive, por um vice-versa que transforma a leitura em prática circular e infinita. Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.
(Marisa Lajolo. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática)
Texto 4:
Vou começar tratando de algumas verdades incômodas que todos conhecem, mas que vou relembrar. A primeira delas seria que a maior parte da população brasileira é funcionalmente analfabeta. Um analfabeto funcional é aquele que sabe escrever o próprio
nome, sabe reconhecer o nome, mas que não seria capaz de tirar informação de uma
página escrita, mesmo que seja um tipo de informação que ele dominaria facilmente em
forma oral, uma noticia de jornal, por exemplo. Esse leitor é aquele que não integra o
significado de um texto apresentado na forma escrita. [...]
O analfabeto funcional é uma pessoa especialmente indefesa por muitas razões: [...]
(Mário Alberto Perini. In: Marcia Abreu (org.). Leituras no Brasil: antologia comemorativa pelo 10º. Cobe. Campinas: Mercado de Letras.)
Considerando que os textos acima têm um caráter apenas motivador, redija um texto dissertativo a respeito do
seguinte tema:
O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA
Para o sucesso do seu texto lei as seguintes instruções:
1-Redija no mínimo 17 linhas e no máximo 30.
2-Escreva um texto em prosa
3-Desenvolva seu texto na folha oficial de redação