quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CONSTRUA UMA BOA REDAÇÂO PARA O ENEM

A construção de um bom texto faz diferença em qualquer vestibular. Disso ninguém duvida. No Enem, porém, uma situação específica pode fazer com que os candidatos que dominam a carpintaria da produção textual se saiam melhor. A redação, então, passa a ganhar um peso decisivo, podendo separar “a pedra da areia”. Por isso, prepare-se: reforce o concreto linguístico, acumule tijolos de informação e simule várias vezes a verdadeira obra que é um texto. Confira, as dicas para se destacar na multidão de concorrentes.

Atenção ao enunciado!

Antes mesmo de pegar na caneta para escrever, leia os textos de apoio e o enunciado. Procure entender bem o que a questão pede.

Elabore a planta da sua construção

Alguns preferem fazer mentalmente, outros no canto da folha, mas é sempre bom esboçar a estrutura do texto antes de começar a escrever.

De que lado do muro você está?

Defina sua opinião em relação ao tema e a exponha o quanto antes. Não se preocupe: a sua posição, em si, não será avaliada. O que está em questão é a sua capacidade de construir um texto dissertativo e argumentar para convencer o leitor.

Liste os pilares de sustentação

Tenha pelo menos dois argumentos, sejam eles a favor, contra ou de ambos os lados da discussão. Quanto mais concretos forem, melhor, e é necessário que eles se relacionem para que o texto não vire uma enumeração de exemplos.

Faça o acabamento

A conclusão deve trazer uma hipótese de solução para o problema. Evite generalismos como “se todos fizerem sua parte o mundo melhora”. Procure novamente ser concreto, evite expor ideias novas nesse momento e não repita a introdução

Fique de olho no que
 acontece pelo mundo

A redação cobra tradicionalmente temas relacionados a fatos da atualidade e do cotidiano. Portanto, para argumentar bem é necessário estar bem informado sobre o que acontece pelo mundo. Ler jornais, revistas, sites de jornais na internet, ver programas jornalísticos na televisão e escutar rádios de notícias pode ajudar.


SELEÇÃO DOS PROFESSORES PARA CORREÇÂO DAS REDAÇÕES DO ENEM

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) recebe as incrições para formação de um cadastro nacional de corretores de redação para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Podem se candidatar professores que tenham curso superior em letras-língua portuguesa e pelo menos dois anos de experiência, desde que não tenham cônjuge, filho, dependente legal ou qualquer outro parente de primeiro grau inscrito no exame.

A seleção é feita pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da Universidade de Brasília (UnB), com base nos dados fornecidos. Após a seleção preliminar, os inscritos encaminham cópias de documentos comprobatórios, como diploma reconhecido pelo Ministério da Educação e comprovante de regência emitido pela instituição de ensino em que leciona ou lecionou.

A intenção do Inep, órgão responsável pelo Enem, é formar um banco unificado de corretores de redação, com cinco mil professores cadastrados. O banco dará agilidade à correção. Os corretores passam por treinamento no Cespe em Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza.

O sistema de corretores está estruturado com um coordenador nacional e 180 supervisores. A cada supervisor estarão vinculados 28 corretores.

Correção — Todas as redações são levadas para Brasília, onde são escaneadas com um código para posterior identificação — o cabeçalho, com a identificação do aluno, não é escaneado. Cada supervisor recebe, via internet, determinado número de redações e as repassa aos corretores — cada redação é repassada a dois corretores, nunca ligados ao mesmo supervisor. Após a correção, o sistema apura, automaticamente, aquelas que têm notas discrepantes. Essas redações são enviadas a um terceiro corretor, que não sabe as notas dadas anteriormente. A nota final dessa redação será dada pelo terceiro corretor. É considerada com nota discrepante a redação que, numa escala até 10, teve avaliação com diferença igual ou maior que 5 pontos.

Inscrição — Para se inscrever, o interessado deve preencher o cadastro e o questionário disponíveis na página eletrônica do Inep.





REFLEXÂO

Não corra atrás das borboletas; cuide do seu jardim e elas virão até você.
Se passarmos todo o tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, embora vivam no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas, se nos dedicarmos a cuidar do nosso jardim, a transformar o nosso espaço (a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável; as borboletas virão até nós.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

JOGO DE LITERATURA

Teste seu conhecimento sobre a leitura de alguns clássicos da literatura
Click Aqui para navegar para a página!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ETERNO!

Eterno é tudo aquilo que se vive numa fração de segundos mas com tanta intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

VOCÊ RESPEITA AS DIFERENÇAS?

    A ESCOLA DOS BICHOS
 
Rosana Rizzuti
 

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

SABE DE UMA COISA?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.

Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

 

REFLEXÃO

        FOLHA EM BRANCO


Certo dia eu estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.

Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:

"Professor, pode me dar uma folha em branco?"

Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco. Ele respondeu: 

" Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez".

Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele.

Aquela sua atitude causou-me simpatia. Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só têm
feito rabiscos, tentativas frustradas e uma confusão danada... 

Acho que agora seria bom momento para se pedir a DEUS uma nova folha em branco, uma nova oportunidade para ser feliz. 

Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção que demos aos ensinamentos do Mestre.

Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo. Não se preocupe em tirar 10, ser o melhor.

Preocupe-se apenas em aplicar o aprendizado que recebeu nas aulas do Mestre.  Ele se interessa por aquele que pede ajuda e repete toda a "matéria" dada, portanto, só depende de você.   
 

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mário Faustino

        

MÁRIO FAUSTINO



MÁRIO FAUSTINO

Vida, amor e morte são temas capitais da poesia de Mário Faustino. Entrelaçados, esses elementos sustentam o seu timbre poderoso, erudito. A morte em Mário não é apenas um pretexto de escrita, uma vacilação. É anseio, pressentimento. A sua morte trágica em 27 de novembro de 1962, na explosão de um Boeing da Varig, confirmou a previsão de uma frenóloga de Nova York. Morreu aos 32 anos de morte anunciada e pressentida. Toda a sua obra é marcada de presságios, envolta numa aura dramática, tensa, onde a morte paira seu silêncio e vulto.

O poema Romance é exemplar dessa premonição. A respeito desta peça literária, a professora Albeniza Chaves, da Universidade Federal do Pará, se pronunciou: “O poeta experimentará situações místicas, pressentirá a proximidade do seu fim, sentirá, novo Cristo, o abandono e a traição, o peso e a ingratidão do mundo, fará, enfim, a sua via crucis sem conseguir resolver o enigma Vida-Morte, diante do qual seu sentimento é o trágico e o amor fati – aceitação heróica do destino”. Albeniza prossegue em sua análise: “Esse amor fati, ainda expressão de erotismo universal de Mário Faustino, tem algo de tragicidade inerente à atitude desafiadora do homem que procura uma estranha fé na Vida que a Morte revigora. É a confiança do ser desnudo, a fé na existência pela existência, que chega até mesmo a transformar a morte num acontecimento festivo, amado, esperado, como proclama a canção Romance: “Não morri de mala sorte/morri de amor pela morte”.

Poeta construtor, artífice, a mão suando cada verso, a palavra precisa em cada gesto, Mário – que também era jornalista – sabia das torturas que o poeta submete o vate desamparado. De nada adianta recorrer às musas simplesmente; é preciso pulsar a obra, concebê-la como universo a lapidar, suor, trabalho. Escrever – e escrever bem – é uma tarefa difícil, mas o poeta se atirou a essa penosa empreitada. Buscou em Eliot, em Pound, nos poetas da Antigüidade, as pilastras para a consumação de uma obra em vertiginosa ascensão.

Durante os anos em que editou a página Poesia Experiência, no Jornal do Brasil, mostrou sua verve crítica, a capacidade de reconhecer o verso preciso, a poesia fundamental em contemporâneos e avoengos. Comentava com precisão a metáfora ímpar e demolia sem titubear o texto empavonado e incompetente. Exigia dos autores o compromisso com a palavra, com a evolução da poesia. Exigia-lhes conhecimento do terreno, capacidade de superação.

Seu único livro publicado, O Homem e sua Hora, foi suficiente para dar a conhecer a sua voz poderosa. Poesia de tom nunca decadente, a de Mário. Em seu texto jamais o desleixo, a irresponsabilidade que conduz ao verso mal acabado à barbárie do poema sem convicção e sem unidade. Nesta edição, há bons exemplos de sua escritura. A palavra como ética, como expressão e como estética.

Mário nasceu no Piauí e aos nove anos mudou-se para Belém. O episódio da vidente de Nova York é significativo. Mário não levou a sério as previsões da astróloga e frenóloga sobre as péssimas conjunções do período. Riu-se o poeta, mas na hora de viajar adiou o quanto pôde, afinal a vidente havia conseguido revelar, sem erro, detalhes do passado de Faustino. Quando não era mais possível adiar, ganhou coragem e partiu. Antes, cheio de desconfiança, deixou com a mãe adotiva (sua cunhada) instruções de como proceder caso a fatalidade... ah, a fatalidade...

Os que falaram com Mário antes da viagem revelaram-no tranqüilo. Tranqüilo, voou nas asas da morte. Partiu, deixando um vácuo na vida literária brasileira. Sim, porque não são poucos os que afirmam que a página Poesia Experiência até hoje não encontra par pela contribuição que promoveu do fazer poético, pela crítica contundente e pelo debate teórico profundo e refinado.

Mário Faustino era bem o crítico arguto, exigente, implacável, que não poupava nomes da envergadura de Drummond e João Cabral de Mello Neto, sem falar em Vinicius de Moraes. Do poeta de Claro Enigma, afirmou convicto e quase cruel que nunca seria um Pound, um Elliot, pois faltava-lhe “participação”, deixar de agir poeticamente só pelos poemas que publicava e discutir a sério a poesia. Outra: “Cala-se. Não manifesta grande interesse pelo progresso da poesia”, cobrou a certa altura do competentíssimo Drummond.

Mas sua fina percepção sabia reconhecer as virtudes de cada um. Jorge de Lima ainda não havia sido suficientemente apreciado, e Faustino lhe teceu fervorosos elogios, dizendo-o um “finado mais vivo que todos os que sobreviveram”, apesar de, segundo ele, não ter incendiado, em suas revoluções, muitos dos templos em que deveria ter ateado fogo. “Libertou-nos de muita sintaxe, de muitos cacoetes – materiais e formais – porém estimulou outros. É muita coisa, mas não basta”, sentenciou.

À frente da Poesia Experiência,Mário incendiou o panorama literário brasileiro entre setembro de 1953 e novembro de 1958. Com o lema “Repetir para aprender, criar para renovar”, foi o primeiro a apoiar o Concretismo. Crítico seguro, um dos mais conscientes de sua geração, pôs por terra a fama de muitos autores erroneamente endeusados e cobrou avanços de outros tantos, ao mesmo tempo em que recuperou de nomes de valor que estavam soterrados, e revelou outros.

Porém não atravessou em mar tranqüilo a dissecação que operou sobre o corpo estirado da poesia brasileira. Sofreu – como não poderia deixar de acontecer a um polemista – ataques à sua forma de proceder a revisão dos autores do passado e de sua época.

Com o escritor Haroldo Maranhão e o ensaísta Benedito Nunes (um ícone da teoria literária da atualidade e um dos principais críticos de Faustino), o poeta fundou a revista Encontro,que não passou do primeiro número. Mário e Nunes fizeram a revista em Belém e a enviaram para Haroldo Maranhão, no Rio de Janeiro. Fiel ao seu estilo cáustico, Maranhão não hesitou a folhear o material: “Está uma m...!”. Acabou-se assim Encontro, mas os amigos permaneceram juntos, discutindo e trabalhando no suplemento literário do jornal “Folha do Norte”, do Pará.



Mário viajou para os Estados Unidos, a fim de estudar no Pomona College, com bolsa do Rotary International. Um ano depois voltou a Belém, onde trabalhou na extinta Spvea (atualmente Sudam). A trabalho, viajou para o Rio de Janeiro, onde o cargo de professor-assistente na Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas. Depois, foi para o Jornal do Brasil, onde estreou com Poesia-Experiência e depois assumiu a Editoria de Política. Viajava para Cuba como correspondente na área quando o avião chocou-se com o Cerro de La Cruz, próximo a Lima. Junto com ele foram-se os originais de um novo livro, sem título, e que o poeta paraense Ruy Barata – um dos raros a lê-los – disse que já se distanciavam dos de O Homem e sua Hora e que eram brilhantes. A pedra dura, a mão rochosa do destino despetalou a não rosa. E Mário, obcecado pela palavra, foi-se para sempre, com seu poema 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Em primeiro lugar, gostaria de desejar a vocês uma ótima páscoa e lembrem-se: esse momento é também de oração e reflexão e não apenas de comer chocolate.
Agora, indico alguns temas de redação para vocês lerem e organizarem planejamentos. É importante ressaltar que os textos de apoio não serão postados.
Tema 1: Preconceito, Fome, Desigualdade, Injustiça, Descaso.....Quanta coisa precisaríamos mudar! "Se você fosse Deus, o que mudaria?
Tema 2: Um grupo de mulheres com mais de 50 anos pousou nua para uma revista com a finalidade de angariar fundos para uma instituição que cuida de crianças doentes. Essa boa ação foi chamada de nudez solidária. E você, o que faria por uma boa causa?
Tema 3: Muitos estudioso afirmam que o dinheiro não está relacionado com a felicidade; outros,porém, contestam. Então, Dinheiro é sinônimo de felicidade?
Tema 4: Cracolândia: uma realidade assustadora.
Tema 5: O julgamento da morte da menina Isabela representou um " divisor de águas" para a justiça brasileira.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Atenção alunos do 3ª ano para os textos da atividade de redação

              
 
 
 
CONTEÚDO - 2009 
 
                                   PROPOSTA DE REDAÇÃO 
(ENEM - com adaptações): 
 
  Texto 1: 
Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem móveis e roupas, livros não poderiam faltar. E estava absolutamente  certa.  Entrei  na  universidade  e  tornei-me 
escritor.  Posso  garantir:  todo  escritor  é,antes  de  tudo,  um leitor. 
(Moacyr Scliar. O poder das letras. In: TAM magazine (com adaptações) 
 
 Texto 2:
  Uma  vez  que  nos  tornamos  leitores  da  palavra, invariavelmente  estaremos  lendo  o  mundo  sob  a  influência dela,  tenhamos  consciência  disso  ou  não.  A  partir  de  então,  mundo  e  palavra permearão  constantemente nossa  leitura e  inevitáveis  serão as  correlações, de modo intertextual, simbólico, entre realidade e ficção. 
  Lemos porque a necessidade de desvendar  caracteres,  letreiros, números  faz 
com  que  passemos  a  olhar,  a  questionar,  a  buscar  decifrar  o  desconhecido.  Antes 
mesmo de ler a palavra, já lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, 
um som, um olhar, um gesto. 
  São muitas as razões para a leitura. Cada leitor tem a sua maneira de perceber 
e de atribuir significado ao que lê. 
  (Inajá Martins de Almeida. O ato de ler/Internet: (com adaptações) 
 
 
  Texto 3:  
 
  Ninguém  nasce  sabendo  ler:  aprende-se  a  ler  à  medida  que  se  vive.  Se  "ler  livros" 
geralmente  se  aprende  nos  bancos  da  escola,  outras  leituras  se  aprendem  por  aí,  na  chamada escola  da  vida:  a  leitura  do  voo  das  arribações  que  indicam  a  seca  -  como  sabe  quem  lê Vidas Secas, de Graciliano Ramos  -  independe da aprendizagem  formal e se  faz na  interação cotidiana com o mundo das coisas e dos outros.  
  Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha- se o círculo: 
lê-se  para  entender  o mundo,  para  viver  melhor.  Em  nossa  cultura,  quanto  mais  abrangente  a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela.  
  Do  mundo  da  leitura  a  leitura  do  mundo,  o  trajeto  se  cumpre  sempre,  refazendo-se, 
inclusive, por um vice-versa que transforma a leitura em prática circular e infinita. Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.  
(Marisa Lajolo. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática)  
 
Texto 4: 
 
  Vou começar tratando de algumas verdades incômodas que todos conhecem, mas que  vou  relembrar.  A  primeira  delas  seria  que  a maior  parte  da  população  brasileira é funcionalmente analfabeta. Um analfabeto funcional é aquele que sabe escrever o próprio 
nome,  sabe  reconhecer  o  nome, mas  que  não  seria  capaz  de  tirar  informação  de  uma 
página escrita, mesmo que seja um  tipo de  informação que ele dominaria  facilmente em 
forma  oral,  uma  noticia  de  jornal,  por  exemplo.  Esse  leitor  é  aquele  que  não  integra  o 
significado de um texto apresentado na forma escrita. [...]  
  O analfabeto funcional é uma pessoa especialmente indefesa por muitas razões: [...]  
(Mário Alberto Perini. In: Marcia Abreu (org.). Leituras no Brasil: antologia comemorativa pelo 10º. Cobe. Campinas: Mercado de Letras.)  
 
   
  Considerando que os  textos acima  têm um caráter apenas motivador, redija um  texto dissertativo a respeito do 
seguinte tema:  
O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA  

 Para o sucesso do seu texto lei as seguintes instruções:
 1-Redija no mínimo 17 linhas e no máximo 30.
 2-Escreva um texto em prosa
 3-Desenvolva seu texto na folha oficial de redação